segunda-feira, 23 de setembro de 2013

As cores das flores


Esse final de semana conheci um vídeo lindo! Sim, ultimamente estou usando muito ferramentas áudio visuais para complementar minhas postagens, normalmente não gosto de fazer isso, todavia a correria da minha rotina não me permite dispor de um tempo maior para poder falar tudo o que eu gostaria acerca dessa nossa vida.

O nome do vídeo é "As cores das flores":


Se tem uma ideia que faz parte de todo o vídeo é sensibilidade. Não sei se este é um dom potencializado nas pessoas com alguma perda em um dos sentidos, mas o menino do vídeo expressa bem essa capacidade de produzir a partir de algo que tenha um significado pessoal.

O que me faz pensar qual a minha percepção sobre as coisas que me cercam e não somente isso, mas a forma como eu espero que outras pessoas percebam as circunstâncias que se apresentam. Será que a professora deu-se conta do tema que deu aos alunos? Será que realmente ela estava esperando contemplar todos os alunos com a sua pergunta? 

Fiquei me questionando se essa seria uma história verídica, se for realmente me alegro, caso contrário permanece a dúvida de como seria a repercussão desse fato em uma escola não cinematográfica? Outra parte do vídeo que me chama atenção foi o colega de Diego que quer dizer as cores das flores para ele, como se aquela explicação pudesse produzir algum sentido. Claro, havia um sentido para ele, mas que não ia ao encontro das especificidades de Diego. 

Quantos são os assuntos que passam pela nossa mente todos os dias e ao tentarmos explicá-los e compartilharmos acabamos falando dialetos a quem recebe nossa mensagem. Outros são os momentos em que queremos produzir um sentido, um significado que foi gerado a partir da nossa percepção, uma relação dependente dos fatores que nos constituem como serem pensantes, o que difere de uma pessoa para outra. 

Agregar os diversos conhecimentos que se mostram todos os dias é uma tarefa complicada mas bem possível e encontrar espaços onde se possa compartilhar essas ideias, as vezes malucas sob o ponto de vista de uma maioria, incentiva a busca cada vez maior de ideias e conceitos ligantes entre si. Afinal, assim como existe um passarinho para cada cor de flor, existem muitas outras relações a serem observadas e constatadas, basta estarmos com os olhos (da mente) abertos e sensíveis. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Motivações Utópicas

Feriadinho chuvoso na capital gaúcha, hoje no Rio Grande comemora-se a Revolução Farroupilha, uma história que muito foi abordada na minha 5 e 6ª série, que envolve grande parte da população desse Estado. Bom, os fatos históricos estão ai para serem analisados, e alguns dizem não ter havido revolução alguma, outros descartam essa hipótese; alguns endeusam as façanhas gaudérias, outros abominam todo esse esteriótipo heroico; Ilusão ou não, o fato é que muitos estão no parque Harmonia, tomando um chimarrão e comendo um bom churrasco para se alegrar por ser gaúcho. 

Quanto a mim, estou aqui a fazer devaneios.


Ganhei um livro esta semana, "Memórias da Saúde da Família no Brasil", elaborado pelo Ministério da Saúde no ano de 2010, resgata a história dessa estratégia que vem contribuindo para a ampliação do acesso à saúde aos brasileiros, sendo bem simplista na minha explicação sobre ela. Como o ganhei a pouquíssimos dias, ainda não finalizei a leitura que é composta por vários atores que ajudaram na formulação desse modelo de saúde. O livro é lindo, com fotos e uma diagramação gostosa de ler, principalmente em dias convidativos para o sono como este! Recomendo que muito, segue o link em pdf aqui

Confesso, que por mais feliz que tenha ficado em ter recebido este livro, não posso negar que algo muito forte fez-me parar a leitura. Isso não quer dizer que não vou terminá-lo, só, foi uma constatação que me fez pensar, pensar, pensar... e tudo o que eu penso demais acaba transbordando aqui, é inevitável! Entre os ministros da saúde, médicos, enfermeiras e demais pessoas que participaram dessas construções, não percebi o nome de nenhum agente comunitário de saúde, nenhum usuário que tenha recebido um atendimento, nenhuma pessoa "comum" que assim como os demais tem um papel fundamental na consolidação da Estratégia de Saúde da Família. Li os dois primeiros relatos e a curiosidade me fez buscar todos os mencionados a fim de encontrar uma referência a tais pessoas, não encontrei nada, como falar da Saúde da Família, sem a família? Percebi uma participação passiva através das fotos, mas isso não satisfaz o meu desejo de ouvir, ler , sentir a percepção desses sujeitos.

Há algumas semana atrás estava eu na mesma situação de hoje, lendo e fazendo coisas aleatórias que não estudar as disciplinas da faculdade. Devorei um pequeno livro da trajetória de uma líder comunitária chamada Rosalina Batista, no livro "Sou Cidadã" de Walter Ogana (não encontrei o livro em pdf, mas tem o blog do autor). "Nenhum caminho é uma estrada certa e reta para algum lugar. Os desvios são possíveis para o bem e para o mal. Os contornos aparecem sem avisos. A volta nem sempre é a pior possibilidade. Mas ir, cuidando-se para não plantar com força os pontos dos pés calejados no passado, é a alternativa de quem enxerga os desafios como um projeto de vida. [...] A certeza de que é possível ser cidadã apesar de todas as dificuldades que se colocam no caminho. [...] A simples organização das pessoas para o debate de suas aspirações já deixa saldos positivos quando a democracia torna importante todas as palavras e todos os pensamentos."

Não quero ser insipiente em minhas colocações, tampouco quero desmerecer um registro tão importante quando o livro das Memórias, mas é difícil pra mim não tentar unir de alguma forma essas ideias, é como se a dona Rosalina estivesse completando a outra obra, com suas ações. E não somente ela, como tantos cidadãos que não tem a oportunidade de ter suas vivencias registradas em um livro.

Expectativas... motivações... utopias. Acho que vou parar por aqui, pelo menos por enquanto, deixo que o Leonardo conclua essa postagem por mim. :)


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Suspeitas...


"Se um homem marcha com um passo diferente do dos seus companheiros, é porque ouve outro tambor."
Henry Thoreau

"Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais."
Bob Marley


Eu suspeitava que não era daqui, quando vi essa animação tive a explicação que me faltava... hehehe... brincadeiras a parte, quem nunca se sentiu meio ET na vida? Ninguém é tão normal que nunca tenha feito uma esquisitice ao mesmo tempo que ninguém é tão "sem noção" que nunca teve um sonho "comum" a maioria das pessoas que o cercam. A verdade é que por mais diferentes que possamos ser, sempre há aqueles que se parecem conosco e isso faz com que novamente entremos em um cenário de "normalidade" pré estabelecida pela valência das relação que se constituem.

Sinto-me meio contraditória; senão contraditória, no mínimo, confusa... a verdade é que só queria compartilhar o vídeo e ficar pensando nas minhas suspeitas internas de ser ou não uma ex ET...